Mais uma etapa concluída. Neste dia 6 de Agosto fizemos uma viagem entre Tol e Vilalba que foi bastante atribulada no que diz respeito ao tempo.
Como a noite teve pouco descanso, à custa de um dos rapazes do grupo de jovens de peregrinos que partilharam o albergue connosco e que não se parava de mexer (as camas metálicas rangiam ao primeiro movimento), acabámos por sair de Tol já mais tarde que o desejável.
Chegados a Ribadeo, a Galiza mostrou a sua garra. Ao fim de 4 anos a fazer Caminhos de Santiago sem ver uma pinga de água, recebemo-la toda de uma vez só. Ao atravessar a ponte que nos leva a Ribadeo, começou a cair uma chuva torrencial, um autêntico dilúvio. Daí para a frente, foram 40 quilómetros debaixo de chuva.
O percurso em si não foi muito diferente dos restantes dias. Fomos alternando entre trilhos de terra e asfalto, sempre num constante sobe e desce.
Depois de 40 quilómetros percorridos e da chuva abrandar um pouco, o pico do dia estava à nossa espera. Eram cerca de 12 quilómetros de subida constante, 9 dos quais em alcatrão.
Depois de realizados esses quilómetros, o Caminho passou a ser mais plano, com trilhos que iam atravessando as estradas secundárias da zona.
Chegámos a Gontán, na expectativa de encontrar lugar no albergue (por sinal bastante moderno), para encurtar um pouco a viagem e descansar da chuva que nos cansou imenso. Lamentavelmente já estava completo, pelo que não nos restou outra hipótese senão seguir em direcção a Vilalba.
Aí também não tivemos muita sorte. O albergue super moderno de Vilalba já estava cheio e encaminharam-nos para um pavilhão desportivo, onde pernoitámos ao estilo do solo duro a que estamos habituados nas provas de orientação.
Depois de um jantar com algumas das iguarias galegas (pão, pimentos de Padrón e Estrella de Galicia), descansámos para no dia seguinte dar conta de mais um dia de viagem.

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