Hoje foi mais um dia de etapa de montanha. Desta vez tÃnhamos à nossa espera 3 pontos altos à nossa espera e já contávamos com alguma “violência” das subidas.
Os primeiros 10 quilómetros foram pacÃficos. Algum sobe e desce, alguns quilómetros por alcatrão, trilhos com erva bastante alta, mas nada demais. Foi mais tarde que as dificuldades começaram.
Em primeiro lugar, uma boa parte de trilho pelo monte estava barrada por obras que decorrem na zona. O desvio temporário obrigou-nos a subir uns bons 6 a 8 quilómetros por uma estrada nacional. Quase a chegar a Padronelo voltámos ao trilho original, para chegar em beleza ao ponto mais alto do Caminho Sanabrês.
Seguimos caminho pela estrada principal até que começámos a enveredar por trilhos muito fechados e cheios de lama. A progressão por aqui foi feita a pé e com muito cuidado, uma vez que não só o trilho era a subir, como também estava repleto de pedra de xisto muito escorregadia.
Com as contas um pouco baralhadas, começámos a duvidar se conseguirÃamos ir mais além de A Gudiña. Felizmente a subida foi ultrapassada e seguiu-se uma descida digna desse nome.
A partir daqui as setas levaram-nos recorrentemente por trilhos afastados do nosso track. Com as diversas obras de construção da ferrovia de alta velocidade, o Caminho está desviado do seu traçado original em vários pontos.
Infelizmente estes desvios não nos levaram longe de uma autêntica rampa da qual nos recordávamos de 2012. Mais uns quantos quilómetros sofridos, feitos a empurrar a bicicleta numa encosta tão Ãngreme que mesmo só com mochila é difÃcil de transpor.
Ficou assim ultrapassado o segundo pico, restando apenas mais um, curto em distância mas ainda com uma inclinação considerável que, na sua extensão quase total, se fez a pé.
Chegámos a A Gudiña por volta das 14h. Tempo para comer alguma coisa, descansar um pouco e decidir o que fazer. A ideia era evitar ficar no albergue desta localidade, atendendo às fracas condições que ele tem. Mais tarde, em conversa ao jantar com outros peregrinos, percebemos que o albergue encontra-se encerrado para fumigação por causa de chinches. Ou seja, à nossa ideia estava mais certa do que julgávamos.
O cartaz na bifurcação das opções por Verin ou por Laza deixou-nos na dúvida, uma vez a informação nesses cartaz indicava a opção por Laza como estando cortada por causa das obras da rede ferroviária. Contudo, já tÃnhamos lido num guia recente que o percurso estava perfeito circulável e um local confirmou isso também.
Seguimos em direção a Campobecerros nuns 20 quilómetros com um ganho de acumulado positivo na ordem dos 400 metros. O percurso é quase todo feito em alcatrão (em primeiro num piso novo e depois numas estradas secundárias de montanha.
A estadia ficou assim assegurada por Campobecerros, onde reencontrámos o Jordi.
Amanhã vamos alterar a nossa planificação e trocar Vilar do Barrio por Ourense. Vamos fazer tudo para que isso aconteça.
Boa memória 😉