Hoje arrancámos para a segunda etapa realizada na variante pelo Caminho Sanabrês. Acordámos um pouco mais tarde do que o costume, o que a julgar pelos 6°C que o termómetro marcavam às 7h30 foi a melhor opção.
Assim que fizemos o quilómetro que separa Santa Croya de Tera de Santa Marta de Tera fomos confrontados com os “despojos” da festa que tinha acontecido essa noite na aldeia. Não me recordo de alguma vez ter visto uma imensidão de lixo tão grande feito em tão pouco tempo.
Seguimos viagem por trilhos muito bonitos, bastante cobertos por árvores abundantes nesta zona.
O relevo desta etapa até foi mais acessível do que pensávamos inicialmente. O ganho de altitude foi feito aos poucos e só nos quilómetros finais tivemos duas ou três subidas mais íngremes que obrigaram a engrenar velocidades verdadeiramente reduzidas.
Pelo caminho cruzámo-nos com o Jordi duas vezes, em dois momentos de descanso / reforço alimentar.
A surpresa do dia veio a cerca de 10 quilómetros de Puebla de Sanabria, quando o trajeto nos apresentou lama a rodos… O que valeu foram os juncos que nos permitiram caminhar durante umas boas centenas de metros, mas mesmo assim não nos livrámos de por o pé na poça.
Acabámos por chegar a Puebla de Sanabria muito mais cedo do que tínhamos previsto. Não fosse o facto de termos uma reserva feita no único albergue disponível na povoação, teríamos continuado a viagem pelo menos até ao próximo albergue.
Sendo assim ficámos no albergue Casa Luz. Este albergue tem instalações boas, com um parque para bicicletas, mangueira para a lavagem e quartos adequados. É, contudo, as gerência que deixa muito a desejar.
O albergue é gerido por um casal de reformados que desconhecem por completo o que é ser hospitaleiro. Quando chegámos não estavam, mas ao telefone foram simpáticos e sugeriram-nos que nos instalássemos. Mais tarde surge o casal de rompante, tentando perceber quem eram as pessoas que ainda não se tinham registado e solicitando de forma rude que preenchêssemos a ficha e fizéssemos o pagamento. Junta-se a isso o entrar constante por dentro dos quartos para verificar se não há ninguém não registado, como se não houvesse ninguém no quarto.
A companhia de hoje é um pouco… digamos alternativa… Este ano, para além de encontrarmos bastante menos gente no Sanabrês que em 2012, a malta que está a fazer este Caminho é, no geral, um pouco estranha :). Bem, se calhar é a opinião que outros têm de nós 🙂
Com a forma como correu a nossa etapa de hoje, estamos a repensar as próximas etapas. Amanhã quando chegarmos a A Gudiña vamos eventualmente avançar um pouco mais e evitar o albergue dessa localidade, pois se estiver como em 2012, não se encontra propriamente em boas condições. Só falta que as pernas acompanhem a nossa força de vontade!

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