A etapa desta terça feira foi, com exceção de um episódio que vai marcar esta viagem, um tanto ou quanto aborrecida.
Com partida a partir de Islares, contávamos avançar até encontrarmos a parte do grupo que ficou num hotel em Castro Urdiales. Como esta viagem está repleta de coincidências, já estávamos no exterior do albergue quando os nossos companheiros chegaram.
Seguimos viagem pela estrada que nos levou pelo Caminho, numa tentativa constante de evitar o trânsito relativamente intenso que se fazia sentir. Esta é, na verdade, uma das críticas que se faz ao Caminho do Norte, com muitos percursos que passam por estrada.
A certa altura, uma seta alternativa sugere que o Caminho siga pela estrada nacional em que seguíamos, em vez de seguir pela esquerda para a direção que o Caminho passaria originalmente. Um habitante local depressa vem ter connosco para nos explicar que a direção antiga passa por uma zona relativamente perto da estrada onde estamos, mas descendo e subindo muito.
A etapa desta terça feira foi, com exceção de um episódio que vai marcar esta viagem, um tanto ou quanto aborrecida.
Com partida a partir de Islares, contávamos avançar até encontrarmos a parte do grupo que ficou num hotel em Castro Urdiales. Como esta viagem está repleta de coincidências, já estávamos no exterior do albergue quando os nossos companheiros chegaram.
Seguimos viagem pela estrada que nos levou pelo Caminho, numa tentativa constante de evitar o trânsito relativamente intenso que se fazia sentir. Esta é, na verdade, uma das críticas que se faz ao Caminho do Norte, com muitos percursos que passam por estrada.
A certa altura, uma seta alternativa sugere que o Caminho siga pela estrada nacional em que seguíamos, em vez de seguir pela esquerda para a direção que o Caminho passaria originalmente. Um habitante local depressa vem ter connosco para nos explicar que a direção antiga passa por uma zona relativamente perto da estrada onde estamos, mas descendo e subindo muito. Convictos da nossa “promessa” de fazer todo o Caminho original, seguimos pela direção antiga e de facto depois de descer vertiginosamente e subir grandes planos inclinados, encontrámo-nos uns minutos depois com o grupo.
Uns quantos quilómetros antes apercebemo-nos de que os travões traseiros da bicicleta do Adriano tinha as pastilhas gastas. Fazíamos, por isso, intenção de procurar uma loja de bicicletas em Laredo para tratar do assunto. Eu (Norberto) resolvi também meter mãos à obra, pois ainda que tivesse realizado apenas 200 e poucos quilómetros, o som dos travões não agoirava boa coisa. Na verdade, quer à frente quer atrás as pastilhas estavam completamente no ferro. Felizmente eu trazia material de substituição para esta eventualidade… ou assim pensava, porque quando fui confirmar, apenas trazia um conjunto de pastilhas. Valeu o facto de serem muito prestáveis na loja onde fomos e por pouco dinheiro colocaram umas pastilhas novas, ainda que o circuito de óleo acuse uma regulação para as pastilhas mais gastas, pelo que nos quilómetros seguintes tive o atrito adicional da roda a travar ligeiramente a acompanhar-me.
O almoço de hoje foi em Santoña, que alcançámos por água, a bordo de um barco que faz a ligação entre Laredo e essa localidade. Ao invés da habitual compra no supermercado, fomos a uma tasca típica da localidade e comemos umas especialidades da zona: umas baguetes com anchovas salgadas e queijo da zona e umas baguetes de um corte nobre do atum com pimentos vermelhos. É uma iguaria deliciosa, de comer e chorar por mais.
O almoço terminou com um belo gelado artesanal, numa gelataria cuja gerência familiar já vai na terceira geração.
Mas como o Caminho é maia que comer, a dada altura deparámo-nos com a indecisão de abordar um trilho pela falésia, chamado de Brusco. Com o mote do Caminho original, metemo-nos por esse trilho, para vir mais tarde a descobrir que é uma coisa assombrosamente difícil de transpor até à pé, quanto mais com bicicletas (algumas carregadas com alforges) durante um trilho de 1 ou 2 quilómetros que nos consumiu quase 2 horas para realizar.
Depois de transposto o desafio físico que se impôs, a maior parte do grupo aproveitou para se refrescar na praia onde fomos ter no final do trilho.
Seguimos viagem não sem antes atestarmos os nossos cantis com água que nos foi gentilmente cedida por um veraneante com casa na zona.
Daí para a frente o Caminho foi essencialmente por estrada, até chegarmos ao albergue de hoje, La Cabaña del Abuelo Perto. Trata-se de um albergue muito interessante e com uma filosofia de funcionamento um pouco à parte, donde se destaca a reunião com todos os peregrinos que se fez por volta das 20h, onde nos explicaram a origem do albergue e nos deram algumas dicas para a etapa do dia seguinte, o jantar comunitário numa mesa onde jantaram cerca de 40 peregrinos e finalmente o facto de o preço do alojamento e refeições ser inteiramente estimado por cada peregrino, que fará o pagamento do que entender ser justo.
Com o entardecer e com o tempo ventoso, a hora do descanso chegou entretanto, para recuperar as forças e enfrentarmos uma grande etapa que nos espera esta quarta feira.

image

image

image

image

image

image

Um Comentário

Deixe um Comentário