Hoje tivemos uma etapa relativamente acessível, o que foi perfeito para relaxar um pouco do esforço inicial das primeiras etapas.
A noite foi um pouco desconfortável. O quarto estava muito quente e como tínhamos a janela fechada, o calor tornou-se um pouco incómodo.
De madrugada acordámos com uma trovoada como nunca tinha visto (ou ouvido, para ser mais preciso) e com uma chuva torrencial. Ainda meio a dormir peguei no foco de luz e fui a correr ao pátio do albergue para recolher a roupa que tinha deixado estendida. Para além da molha que apanhei, a roupa ficou um pouco molhada e o resto da noite não foi suficiente para secar completamente.
O pequeno almoço foi tomado no albergue, onde os proprietários deixaram pão, doces, manteiga, entre outros à disposição. Deixámos um pequeno donativo para agradecer pela refeição.
Dado que no dia anterior passámos por trilhos muito secos, demos um jeito às bicicletas limpando a transmissão e aplicando algum óleo.
Enquanto eu e o Ricardo tratámos das bicicletas, o Óscar foi buscar os mantimentos para o almoço de hoje: a receita vencedora de ontem, pão de baguette, presunto e queijo (hoje sem tomate, por esquecimento).
Com tudo isto acabámos por sair a pouco mais de 10 minutos para as 11, francamente tarde.
A viagem ficou cedo marcada por um problema mecânico no travão frontal da bicicleta do Ricardo, que já tinha dado sinal no dia anterior. Tendo em conta o comportamento, será alguma fuga de óleo do circuito hidráulico, mas estamos já a fazer figas para que não seja isso.
Numa tentativa de testar os travões numa ponte de madeira, tivemos a primeira queda da viagem, digna dessa classificação. Felizmente não passou de um susto e de uns pequenos arranhões que fazem muitas vezes parte até das voltinhas de domingo.
O ponto alto da viagem foi na Fonte de Irache, a famosa fonte de vinho. Um pequeno gole para a foto e seguimos viagem.
O restante percurso da viagem foi pacífico, predominantemente em grandes estradões, com uma ou outra subida que deu mais luta.
Chegámos a Viana por voltas das 14h20, a cerca de 10 quilómetros de Logroño. Foi a altura perfeita para fazermos os nossos bocadillos e descansar um pouco à sombra das árvores.
Um pouco antes de arrancamos reencontrámos um casal de cerca de 50 e poucos anos, de Barcelona, e que estavam no mesmo albergue que nós.
Pedalámos com um ritmo certinho nos quilómetros finais, num percurso especialmente rolante.
Ao chegarmos a Logroño tivemos alguma dificuldade para encontrar o albergue, dado que não fica no caminho. Uma consulta rápida ao GPS e chegámos ao albergue num ápice.
Desta vez vamos partilhar a divisão com mais peregrinos, dado que só há uma divisão no albergue. Se ficar completo (que é bastante provável), seremos 40 pessoas ao todo numa divisão de cerca de 70 metros quadrados. A verdadeira experiência do peregrino :).
Amanhã esperam-nos 70 quilómetros, quase sempre a subir, ainda que se for ligeira. O esperamos que o jantar de massa italiana seja suficiente para aguentar a etapa.

rumoasantiago.com

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2 Comentários

  1. Sniff…sniff…:( … estamos a receberpoucas fotografias vossas! São elas que nos fazem sentir a vontade maior em embarcarnuma AVENTURA dessas!

    Mais uma etapa conquistada, mais um experiência enrriquecedora da vossa peregrinação…

    Aproveitem ao máximo e sigam a seta que Santiago de Compostela já esteve mais longe!!

    Abraço a Todos
    João Valente

  2. Xiiiii uma fonte de vinho! Querem ver que eu não saias dali??? Força amigos! Mais um dia fantástico passado!

    Buen Camino!

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