Mochila ou alforges?

Uma das questões mais frequentes para quem se propõe a realizar travessias longas em autonomia, é a forma de transportar os materiais do dia-a-dia em alforges ou em mochila.

As opiniões não são consensuais. Por um lado, os alforges permitem aliviar a carga no corpo. Contudo, por norma o peso do conjunto acaba por ser mais elevado do que a opção da mochila e há sempre tendência a carregar mais os alforges.

Um outro problema que se coloca com os alforges é o facto de ser muito difícil encontrar modelos adequados para aplicar em bicicletas de suspensão total. Existem algumas soluções no mercado que consistem num suporte acoplado ao espigão do selim. Esta solução tem muita tendência a rodar em torno do espigão, para além de ter um limite de carga muito reduzido.

A mochila oferece também algumas vantagens. Em primeiro lugar, a manobrabilidade da bicicleta é muito maior do que usando alforges (isto é muito importante em trilhos mais técnicos). Em termos de custo, dependendo do modelo seleccionado, é por regra uma solução mais barata do que a opção de alforges.

Existe ainda a hipótese de utilizar um reboque próprio para bicicleta. Esta é, sem dúvida, a opção mais indicada para transportar uma carga grande. No entanto, o peso acrescido do reboque e a forma como este afecta a mobilidade da bicicleta tornam esta solução pouco cómoda (em particular nos troços técnicos e nas subidas não cicláveis).

Perante isto e tendo como referência os vários relatos de aventureiros que já fizeram o Caminho Francês utilizando mochila, estamos determinados a enveredar por esta opção.

Salomon REVO 35

Dado que não dispunha de uma mochila à altura para esta aventura, procurei por um modelo que reunisse boas características em termos de volume e baixo peso e um custo reduzido. A Decathlon tem uma série de modelos muito interessantes a preços acessíveis. No entanto, num golpe de sorte travei conhecimento com um BTT’ista que já fez alguns Caminhos de Santiago e que tinha adquirido recentemente uma mochila da conhecida marca Salomon a preço de arromba numa grande superfície outlet de material de desporto. Foi assim que adquiri uma mochila Salomon REVO 35 por cerca de 39,90EUR.

Com um peso de cerca de 1.2Kg e uma capacidade de 35L (divididos por vários compartimentos), esta mochila é muito polivalente. A estrutura das costas, cuja rigidez é mantida com uma estrutura com varas de carbono em tensão, permite afastar a superfície da mochila das costas do utilizador. Para distribuir a pressão da mochila pelas costas, a superfície de contacto é constituída por uma rede tensa, que proporciona também um arejamento muito bom das costas.

 

Ergon BC3

O nosso segundo elemento da equipa que irá participar nesta aventura irá dispor de uma mochila já com provas dadas numa outra expedição de longa duração. Trata-se da Ergon BC3, uma mochila com um grande volume e com algumas inovações em termos ergonómicos que tornam a sua utilização muito cómoda.

Um dos pontos chave desta mochila é o sistema FLink, que consiste num ponto de rotação que fixa as alças à mochila. Este sistema permite a mobilidade dos ombros do utilizador sem que a mochila propriamente dita se mova. Esta mochila conta também com uma estrutura rígida que permite conduzir até 80% do peso carregado para a zona das ancas, aliviando assim as costas e os ombros.

Em termos de especificações genéricas, esta mochila conta com uma capacidade de 25L e com um peso base de 1.8Kg.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ambas as mochilas permitem a utilização de um reservatório de hidratação (pode-se utilizar o reservatório típico dos Camelbak).

Em princípio a mochila irá ser complementada com uma bolsa de guiador, não só para distribuir o peso, mas também para ter um local de carga facilmente acessível (para ter acesso fácil à carteira, documentos, credencial do peregrino, etc).

51 Responses

  1. Carlos Pio diz:

    Boas…
    fico contente e com saudades do camiño francês que fiz no ano passado.

    Relativamente à questão das mochilas, alforges ou extrawheel… no grupo tivemos quem utilizasse mochila, alforges (eu) e extrawheel, e pela experiência:

    Mochilas – têm que ficar bem justas ao corpo e ter uma zona sem ter contacto directo com as costas (tipo rede) haver um espaço de modo a facilitar a circulação de ar e de objectos a roçar constantemente nas costas. Entretanto ser de fácil acesso ao seu interior e no exterior várias bolsas e os 2 exemplos acima… não me parecem adequados, nomeadamente o 2º modelo. Atenção à altura, porque nas descidas tem tendência a “subir” e “bater” no capecete e dificultar a rotação da cabeça (experiência própria noutras travessias).

    Alforges – Foi a minha opção! e digo-vos… qq outro camiño que faça e estando com ideias de fazer a “Transperinaica” em 2012 deve ser a opção… em detrimento da mochila.

    Extrawheel – acho que não… pq depende dos trilhos que façam neste camiño. Eu (nós) optámos por fazer o pedestre em Btt e houve trilhos que a Extrawheel não passava, pela características do trilho (mt estreito), no entanto, achei o comportamento irrepreensível, mas acho que não é o mais adequado para este tipo de perfil, nomeadamente o ínicio, e as zonas consideradas mais “difíceis” e técnicas… exigindo um esforço adicional (acho eu)

    Qq dúvida, estou ao vosso dispôr…

    • norberto diz:

      Carlos, obrigado pelo feedback.
      Este ano vamos testar a opção da mochila, pelas razões que referi no artigo. Neste campo, as experiências são um pouco ambíguas, pois já vi pessoal a defender qualquer uma das hipóteses. Contudo, como vamos usar bicicletas de suspensão total (que representam maior dificuldade para encontrar um sistema de alforges eficaz), a mochila pareceu-nos a melhor opção.
      O meu companheiro de BTT que me vai acompanhar nesta aventura já fez uma travessia nos Alpes com a BC3 e o balanço foi muito positivo. Depois do dia 10 de Agosto cá estarei para corroborar essa opinião ou para começar a escolher os alforges para a próxima aventura :).

      • Carlos diz:

        Boa tarde Norberto,

        concordo plenamente contigo relativamente a alforges/suspensão total, claro que a mochila é a melhor opção e acredito que no final a tua apreciação será positiva. Aconselho no entanto, a uma boa opção de mochila como referi anteriormente, e se a BC3 está à altura, de certeza que foi uma boa escolha.
        Agora desejo-vos tudo de bom… aguardando com expectativa noticias do vosso “camiño” pois tenho a certeza que vos marcará para o resto das vossas vidas….
        Abraço.

  2. Luis Barreiros diz:

    Para bikes de ST tb é possivel apoiar os alforges nas escoras…
    procurem no site “bicibrino”.
    Comprei lá e o dono é impecável.

    • norberto diz:

      O problema é que as bicicletas que levamos têm a escora muito baixa (o amortecedor é de acção directa, montado sob o tubo superior do quadro). Além do mais, como são de carbono, o uso de alforges não é recomendável. De qualquer forma a mochila revelou-se uma opção fantástica. Irei falar disso posteriormente, mas posso adiantar que se pudesse escolher de novo, era a mochila que levava.

  3. João Noiva diz:

    Olá,

    Vou fazer um travessia BTT em autonomia de 19 a 24 de Agosto que liga Mira de Aire ao Douro (Entre-os-Rios) e depois até Espinho onde terminará.

    Optei por levar mochila e acabei por comprar uma REVO 35 (31 litros). Já a estive a testar com o material que vou levar (+\- 5kg) e parece-me bastante confortável. No entanto parece-me que o capacete nas descidas poderá interferir com o capacete como já foi dito.

    Gostava de saber mais pormenores acerca da experiência do Norberto.

    Entretanto vou levá-la ao monte para testar.

    Obrigado pela atenção,

    João Noiva

  4. norberto diz:

    João, se não utilizar a bolsa superior da mochila e se o volume do material que leva não encher até ao topo a secção principal da mochila, então creio que não terá problemas nas descidas.
    Inicialmente eu tinha as minhas coisas divididas pelas várias bolsas, incluindo a do topo da mochila. Isso fez com que a “altura” da mochila fosse maior do que o desejável. Após o primeiro dia optei por não usar a bolsa superior para volumes grandes e já não tive o problema da mochila bater no capacete.
    Posso dar-lhe a garantia de que fiz os 11 dias com 8.5KG + 2 litros de água às costas e em momento algum senti uma dor que fosse nos ombros ou nas costas.
    Posso garantir que numa próxima travessia que faça, a opção será, sem sombra de dúvida, a mochila. O comportamento da bicicleta fica inalterado e dado que a mochila não acrescenta desconforto algum, nem vale a pena pensar em alternativas.

    • João Noiva diz:

      Olá Norberto,

      Agradeço a partilha de informação. A nossa travessia foi fantástica. Fomos 3, Eu com a mochila Salomon, um amigo com famigerada Transalpine 30L da Deuter e o outro com alforges. Conclusão breve: para o tipo de travessia que fizemos os alforges são um verdadeiro tormento porque colocam o peso todo na bicicleta e comprometem a maneabilidade da bike e colocam o esforço físico todo no ciclista e quando é necessário apear por causa de obstáculos o mesmo se passa. Quanto à Deuter Transalpine 30L (sensações transmitidas pelo meu amigo), é uma excelente mochila bem adaptada ao BTT, o problema da altura não se coloca é bastante compacta e obriga a uma gestão do espaço cuidada. No que respeita ao apoio de costas, o sistema Airstripes System revela-se confortável mas não muito eficiente na evacuação do suor das costas. Os bolsos laterais do apoio de cintura em rede são exíguos e literalmente não servem para nada. No que respeita à Salomon Revo 31L logo que fiz o teste inicial que o percebi intuitivamente o que o Norberto disse (e que só li agora) e optei por não encher muito as bolsa superiores e só nas descidas mais íngremes é que sentia o contacto do capacete na mochila, nada de muito relevante pois a concentração sobrepõe-se ao leve incómodo sentido. A Revo é muito espaçosa e como não tem compartimentos permite uma arrumação mais fácil que a Deuter. Quanto ao sistema de ventilação Airvent system é simplesmente fantástico pois além de extremamente confortável permite evacuar quase todo o suor das costas, quando parava estas estavam praticamente secas. Devido à configuração do Airvent system a mochila tem um aspecto volumoso. As bolsa de cintura laterais são generosas e acessíveis e permitem transportar os objectos mais utilizados sempre à mão.
      Para finalizar. Para estas aventuras e outras que sejam maioritariamente em BTT os alforges são na nossa opinião de evitar pelas razões atrás referidas e pelo peso total do conjunto (cerca de 5,5 kg de material + 3,5 kg de estrutura). As mochilas são a melhor opção. A duas são extremamente confortáveis permitem uma condução igual da bike e levam tudo o que é necessário. Nos cerca de 440 km que fizemos nem uma dor de costas mesmos nas etapas mais duras e uma dúvida que tinha desfez-se as alças das mochilas não interferem com as dos calções. As mochilas com todo o material pesaram cerca 5,850 kg e com água chegavam cerca de 7,5 kg. Para já fico por aqui. Abraço.

  5. Jorge diz:

    Viva,

    Eu irei fazer o caminho de Santiago, pela via da prata até finisterra.
    Serão cerca de 350Kms.
    Tenho uma suspensão total e estou a pensar optar pela mochila. Pelo que aqui li, a Solomon parece ser uma excelente opção.
    Onde se pode comprar?

    • norberto diz:

      Olá Jorge,

      Eu comprei na Sportzone Outlet de Coimbra (retail parque de Eiras), numa promoção muito boa (custou-me 39EUR, por uma mochila que custa cerca de 100EUR).
      Não sei se a Sportzone vende este modelo noutra loja. Na internet há muitas lojas (essencialmente estrangeiras) que a vendem e sinceramente, tendo em conta o óptimo resultado que tive com a mochila, aconselho seriamente a sua compra para viagens deste género.

  6. Jorge diz:

    Olá Norberto,

    Já consegui comprar a mochila. Não foi a um preço tão bom, mas ainda assim não foi mau, cerca de €50.
    Vou começar a utiliza-la nos treinos para me habituar ao peso em excesso nas costas. Só estou habituado ao peso da água e pouco mais.

    No final do mês de Outubro irei fazer o percurso até Finisterra e logo direi quais as sensações com a mochila.

    Obrigado pelo conselho.

    • Henrique diz:

      Olá Jorge.
      Também estou a pensar fazer o “camino” desde o Porto no ultimo fim de semana de Outubro, e pedia-te se fosse possível dizeres onde compraste a tua mochila Revo 35.
      Se foi na SZone podias deixar aqui o código que está no talão? Porque na loja do NorteShopping não têm, mas precisam do código para ver se existe noutra loja, e mandar vir de onde tiverem stock.
      Agradecendo desde já a atenção.

  7. Jorge diz:

    Neste fim de semana fiz o primeiro treino com a Salomon Revo 35 às costas.

    Tive algumas dificuldade em a ajustar como deve ser (mas isto vem da falta de prática em usar mochilas deste género). Mal me coloquei em cima da bicicleta, percebi logo que estava a descair para a direita, devido ao mau ajuste das alças. AOs pouco fui acertando e lá foi ficando melhor.
    Da próxima também irei ter mais cuidado com a colocação do recheio.

    À parte dos ajuste, fiquei bastante satisfeito. Andei 50kms e as costas pouco se queixaram e terminaram praticamente secas, com excepção da parte lombar, que estava um pouco mais molhada.

    O 1º teste foi positivo, até porque levava mais 5kgs às costas do que o habitual.

    Tenho uma dúvida que agradeço se alguém me souber esclarecer. A forma de ajuste da mochila para andar de bicicleta é igual para andar a pé?

  8. norberto diz:

    Jorge, desculpe a resposta tardia, mas por alguma razão não recebi notificação de recepção do seu comentário.
    Relativamente ao ajuste da mochila, a minha sugestão é que deixe as alças suficientemente largas de modo a que o fundo da mochila assente na região lombar (as alças, a parte de trás da mochila e as suas costas devem fazer um triângulo). Deste modo conseguirá distribuir mais o peso da mochila e aliviar os ombros quando não estiver numa posição mais “racing” (menos deitado sobre a bicicleta). Eu usei esta regulação e como disse, não sofri nem um pouco das costas.
    Para que isto funcione bem é também importante que as correias da cintura fiquem bem ajustadas, bem apertadas (sem exageros, claro). A correia do peito também deverá estar bem apertada para impedir que a mochila descaia como referiu.
    Outra “técnica” que pode usar para evitar essa deslocação da mochila é garantir que os volumes mais pesados vão no fundo da mesma. Na secção “Logística->Equipamento” encontra um artigo sobre a preparação da mochila que o poderá ajudar nesse sentido.

    HENRIQUE, tente ligar para o serviço central da SportZone. Eu comprei a minha mochila na SportZone de Eiras (Coimbra), mas eles não tinham lá a mochila em stock. Eu liguei para o serviço central de apoio ao cliente da SZ e pelo nome (Salomon Revo 35) eles chegaram ao produto e fizeram-no chegar à SportZone de Eiras (não podia ser outra porque a mochila estava numa outra outlet – creio que em Monchique – e a ser entregue noutra SZ não poderia usufruir do desconto de outlet).

  9. norberto diz:

    Na altura também ponderei essa Trail 27. Certamente que se vai dar bem com a mochila, é essencialmente um camelbak mais encorpado :).
    Eu acabei por optar pela Revo 35 pela maior capacidade e pelo facto de ficar com uma mochila mais polivalente. Se por acaso não me tivesse deparado com a promoção, o mais certo era ter optado por uma das opções da Decatlhon (com sérias probabilidades de a escolha recair sobre essa Trail 27).

    Boa sorte com a mochila e Buen Camino!

  10. Jorge diz:

    A minha ida a Santiago ficou adiada devido ao mau tempo. Deveria ter sido no fim-de-semana passado, mas a meteorologia indica fortes tempestades e neve nas terras altas.

    Para evitar surpresas, resolvemos adiar o passeio para Abril/Maio do próximo ano.

    Só aí é que terei o teste definitivo da mochila:)

    Mas agradeço a ajuda. É muito importante o ajuste da mochila e o acondicionamento da mesma.

  11. Jorge diz:

    Henrique,

    Eu comprei na Sportzone do retail parque de Braga.
    Também não tinham lá a mochila, mas o fucncionário (que conhecia a mochila) foi ao computador e com uma pesqusa por Revo35 detetou onde havia e mandou vir para a loja.

    Não tenho agora aqui o talão comigo. Logo que seja possível colocarei aqui o código.

    Já vi que compraste outra mochila.

    Sempre foste fazer o caminho no último Fim-de-semana?
    Qual o caminho que fizeste?

  12. Antes de tudo parabéns pelo blog, descobri recentemente e estou a ser leitor assíduo do mesmo visto que o gosto pelos Caminhos de Santiago aumenta de cada vez que faço mais um.

    Quanto à questão das mochilas vs alforges, sempre optei por mochila nas três travessias que fiz (2008 – Português, 2009 – Senabrês, 2011 – Português) e nunca me arrependi das escolha.

    Em 2008, por incrivel que pareça, consegui “empacotar” tudo o que tinha numa mochila de hidratação da Decathlon com capacidade para 1.5l de água + 2 l. Não me perguntem como, mas desenrasquei-me.

    Nas travessias seguintes, andei a ver mochilas com maior capacidade e a escolha recaiu sobre as mochilas de trail.

    Comprei uma Diosaz Raid 17 na Decathlon por cerca de 30 euros. Com capacidade para 17l + 2l de água. Normalmente abdico da bolsa da água e opto por bidons de água.

    É uma mochila barata, compacta em que levo tudo o que preciso lá dentro para não ficar “apeado”. Foi a melhor opção que encontrei pois não quis, nem quero mochila maior para as travessias que faço de 3/4 dias.

    http://www.decathlon.pt/PT/diosaz-raid-17-68810199/#

    Existem maiores dentro do mesmo modelo.

    Abraço
    Ivo Fenandes
    http://www.tpfernandes.com

    • norberto diz:

      Ivo, muito obrigado pela mensagem.

      Antes de ter encontrado a Revo 35, ainda ponderei a Raid da Decathlon. É uma mochila muito leve e prática e a versão de 27L teria provavelmente sido suficiente para a minha travessia do Caminho Francês. No entanto tive a sorte de encontrar a Revo a um preço imbatível que me fez esquecer tudo o resto que tinha visto.
      Se não tivesse comprado esta minha mochila, a Raid era capaz de ter sido uma opção a considerar, como referi num outro comentário. Talvez pense nisso quando fizer uma travessia mais curta (para já a próxima vai ser ainda mais longa que a última, com os planos apontados para a Via de La Plata).

      Cumprimentos,
      Norberto

  13. fausto diz:

    Já fiz os caminhos de santiago duas vezes,em 2010 português com partida do porto e 2011 o francês com partida de Saint Jean Pied Port. Das duas vezes optei por alforge, mas nunca mais porque os suportes ficaram pelo caminho partidos. A opção de mochila parece-me a mais razoável e não é preciso levar o roupeiro todo, no último ano a minha “mobilia” já com o alforge e o saco cama era de 3,5Kg, devemos ser razoáveis ao fazer a escolha do que vamos levar. Eu levei dois equipamentos (calção e camisola) mais um blusão + um impermeável. Os sapatos de encaixe davam para sair com eles, são da shimano,isto a roupa de pedalar. Para sair uma calças de ganga, 2 t’shirt e uma camisolade manga comprida. A toalha era das de piscina. O resto dos acessórios íam numa bolsa de guiador.

  14. marco jesus diz:

    boa tarde,vou fazer o caminho de santiago Porto – santiago.tenho uma TREK suspensao total,teremos carro de apoio e resolvi que poderia levar apenas a mochila.aonde porerei comprar a ERGON BC3 25L.obrigado

    • norberto diz:

      Sinceramente não sei onde se pode comprar a Ergon em Portugal. Tente contactar a marca para saber se há algum distribuidor da marca em Portugal que possa vender esta mochila.
      Não sei se está a par do preço desta mochila, mas o valor varia entre os 150 e os 200EUR em sites estrangeiros. Provavelmente, a estar disponível em Portugal, esta mochila é capaz de custar de 200EUR para cima por cá.

  15. Filomena diz:

    Parabéns mais uma vez por este projecto e por este site! Estão excelentes!

    A velha questão dos alforges versus mochila… Como sabes, sou uma adepta incondicional de alforges, em bike de suspensão total (Spec Epic), montados no espigão, suporte preparado para 11kgs máx. Não quero outra coisa, e já fiz tudo e mais alguma coisa com eles sem 1 único problema: todos os Caminhos de Santiago, Patagónia, Douro, etc etc. Sempre em autonomia, a mochila, a meu ver, massacra bastante. Mas como em tudo, isto é pessoal! 🙂
    As maiores felicidades é o que te desejo. Afinal, temos outro amigo em cmoum: o Carlos Pio, que está agora a fazer a TransPirenaica, que eu tb já tive o “prazer” (uffa) de pedalar!
    Abraço!

    • Nuno Pacheco diz:

      Olá bom dia.

      Vou a Santiago pela primeira vez e tenho uma S-works Epic em carbono (2008). Tenho receio que o suporte agarrado ao espigão de selim possa criar fissuras no quadro. Faz sentido?
      O meu espigão está no seu limite mínimo (100mm). Já me disseram que deverá estar mais “dentro” do quadro.
      Qual a sua opinião?

      Obrigado, Nuno

      • norberto diz:

        Olá Nuno,

        Os construtores de bicicletas desaconselham vivamente a utilização de suportes agarrados ao espigão em bicicletas construídas em carbono. A razão é muito simples: a forma como os quadros são desenhados obedecem a limites relativamente rígidos no que toca à carga na zona do aperto do selim. Dito de outra forma, o quadro está desenhado para aguentar o peso do atleta (com alguma margem) e quaisquer outras forças a agir nessa zona podem comprometer a integridade do quadro.
        Um suporte de selim vai fazer um efeito de alavanca considerável no espigão, que por sua vez transmite essa força ao quadro (no tubo do espigão). Não sei especificar de cabeça qual a força que uma carga de 6-8KG num suporte comum exerce ao oscilar durante uma viagem em bicicleta, mas tenho a ideia que a “amplificação” é na ordem das dezenas.

        Coloca-se ainda a questão de usar estes suportes em espigões de carbono. Aqui o caso ainda é mais delicado, uma vez que estes tubos são feitos para aguentar mais stress longitudinal (forças “de alto a baixo do tubo”) do que forças transversais (aperto à volta do tubo). O efeito de alavanca também não é benevolente nesta situação.

        Já agora, uma vez que este assunto é tão debatido por aqui, lanço o desafio de desenvolvermos este assunto no fórum em: http://forum.rumoasantiago.com/index.php/topic,290.0.html

        • Nuno diz:

          Faz sentido a sua explicaçao.
          No entanto terei alguma hipotese de levar alforges na Epic?
          Será entao uma boa soluçao usar um alforge pequeno no volante e uma mochila nas costas?

          • norberto diz:

            Eu sou um adepto incondicional da mochila e tenho feito as minhas travessias com a configuração que referiu (bolsa/alforges no guiador para as coisas que necessito com mais frequência durante o dia e mochila às costas), pelo que da minha experiência pessoal, diria que sim, que é uma boa solução.
            Convém é usar um selim confortável, uns bons calções e aplicar diariamente uma pomada no traseiro para minimizar as dores que o peso extra possa causar (o rabo é mais massacrado neste caso).

            Há também uns suportes para alforges que apertam apenas na escora. Não me recordo agora de um modelo que conheci há uns anos, mas se me lembrar, eu aviso (aqui ou no nosso fórum em http://forum.rumoasantiago.com, dado que o texto aqui já começa a ficar ilegível com o subsubsub níveis do “chat” 🙂 ).

  16. Jorge diz:

    DEsta vez lá vou fazer o caminho de Santiago.

    Vamos partir dia 07 de Junho de Braga, com chegada prevista no sábado, dia 09 de junho.

    Conforme já referi nos posts anteriores, vamos em autonomia e vou levar a mochila Rev35.
    Já tenho andado com ela carregada com 5kg (julgo que vou levar menos para o passeio) e também já descobri a afinação ideal. Pelo menos da última vez que andei nela, até me esqeuci aque a tinha às costas, o que é um bom sinal.

    Este domingo vai ser o teste final, com uma volta a rondar os 60kms.
    Será o “warm up” 🙂

    Quando voltar, deixarei o comentário em relação à prestação… da mochila:)

  17. norberto diz:

    Jorge, de certeza que não se vai arrepender. Eu fiz 800km com o dobro do peso às costas e de facto se a mochila estiver bem afinada, não causa incómodo nenhum.

  18. Jorge diz:

    O “warm up” correu lindamento, fora 75kms com a mochla às costas, carregada com 5kg, sem qualquer problema.

    Pelas previsões mteorologicas, o primiero dia vai ser à chuva, pelo que tenho que arranjar um impermeável para a mochila. Para além do impermeável e pelo sim, pelo não, vou colocar tudo dentro de sacos de plástico.

    para a semana contarei a experiência com a mochila.

  19. norberto diz:

    A Decathlon tem umas bolsas próprias para por por cima das mochilas, com várias capacidades. Não me lembro ao certo de qual foi a bolsa que comprei, mas se tiver dificuldade em encontrar disto, já sabe onde procurar.

  20. Miguel K2 Sampaio diz:

    Olá Caro Confrade Norberto

    Eu sou um pouco nabo nestas coisas e pouca experiência tenho mas a que tenho é esta.
    Numa viagem de longo curso, nunca iria de bicicleta de suspensão total. Para mim e como vou sempre em autonomia e a solo, a bike tem de ser o mais fiável possível, simples e com a menor probabilidade de avarias, o que não acontece com as bikes de suspensão total devido á quantidade de situações sofisticadas que ela contem. Quanto menos chatices melhor e mesmo assim com uma semi-rigida elas acontecem no entanto, levo sempre algum material sobresselente como raios, desviador, hangers, cabos, etc.
    No que diz respeito ao transporte de bagagem decididamente que opto de longe pelos alforges embora a condução da bike seja um pouco diferente mas perfeitamente adaptável com algum treino.
    As mochilas para mim são um grande incómodo. Sinto-me pesado,faz doer o sacro (do qual a maior fatia do peso está ali), não tenho liberdade de movimentos e é bastante desconfortável com o calor. Digo-vos que até deixei mesmo de andar de Camel Back.
    Mas atenção isto é a minha experiência, no entanto deve de ter atenção muitas vezes aos conselhos que damos uns aos outros. Tive já por algumas vezes, malta que foi de mochila para Santiago e que depois sentiu-se arrependido pelo grande sofrimento que teve. Por isso apelo para que quando se aconselha ter esse cuidado.
    Fazer uma viagem em sofrimento não se desfruta nada e pode-se correr o risco da pessoa nunca mais querer fazer isso muitas vezes por falta de experiência,preparação física e psíquica.
    No meu caso que vou em autonomia e a solo todo isto triplica. Por isso se o fizerem tenham em consideração toda esta preparação. É muito importante. Se acham que têm duvidas então não o façam e preparem-se melhor.
    E como já vai longa a conversa aqui vai…………………
    1 abraço e um queijo da serra
    Miguel K2 Sampaio

  21. norberto diz:

    Obrigado pelo contributo, Miguel.

    A sugestão que eu faço relativamente à mochila vem da minha experiência pessoal, que, claro está, pode não ser extrapolada para todas as pessoas. Eu tive uma boa experiência com mochila, dado que a minha grande travessia de 2011 (que foi feita em autonomia) não podia ter corrido melhor no que diz respeito ao transporte da carga. Para isso contribui também o facto de ter usado uma boa mochila, que é imprescindível para garantir o conforto e a correta acomodação do volume. Se alguém sofrer das costas e quiser fazer o Caminho, nesse caso não aconselho a mochila, por motivos óbvios.
    Não há dúvida que o rabo sofre um pouco mais com a mochila, mas por isso é que uma bicicleta de suspensão total é mais indicada se se optar pela mochila. Em relação à liberdade de movimentos, não achei que tivesse feito diferença, com a vantagem de permitir um controlo da bicicleta muito mais livre (em relação aos alforges), que para mim é fulcral.
    A questão da fiabilidade da bicicleta de suspensão total, hoje em dia, creio que é desprezável. A não ser que a bicicleta não tenha a manutenção em dia, dificilmente falha pela suspensão. No ano passado tivemos um problema mecânico com uma das bicicletas, mas foi no sistema de travagem, que poderia ter sucedido com uma bicicleta rígida.

    A verdade é que quer os alforges quer a mochila têm as suas vantagens e desvantagens e cabe a cada bicigrino ponderar aquilo que mais se adequa à sua capacidade física.

    • Rui Oliveira diz:

      Caro Bicigrino Norberto:
      No ano passado fiz o caminho com alforges mas este ano estou a pensar fazer com mochila pois troquei de montada e agora tenho uma ST. Estou com dificuldade de encontrar um suporte para os alforges (com um preço razoável só encontro para aplicar no espigão do selim) e pensei em comprar uma mochila. Em Portugal sabes se ainda consigo arranjar alguma REVO35? Já procurei e não tenho conseguido encontrar e em sites estrangeiros são todas muito caras e ainda tenho que pagar os portes. Como alternativa vi na Dechatlon uma que me agradou bastante, é da marca Quechua, modelo Forclaz Air, caso opte por esta também não sei se deva optar pela de 22L ou pela de 30L pelo que gostava da tua opinião. Agradeço desde já a atenção dispensada.

      Abraço e boas pedaladas.

      • norberto diz:

        Olá Rui,

        Relativamente à sua questão, de facto não é fácil encontrar a REVO 35 à venda, uma vez que já não faz parte do catálogo atual da Salomon.
        Olhando para a gama atual da Salomon, a série SKY será a mais aproximada da antiga REVO. Na realidade, pelas caraterísticas da gama SKY, a Salomon como que fundiu a REVO com a MINIM, uma vez que esta nova gama tem um acolchoado nas alças reforçado (como a REVO) mas com um peso ultra leve (como a MINIM).

        Em relação à gama da Decathlon, salvo erro o meu companheiro de viagem de 2012 usou uma Forclaz Air de 30L e deu-se lindamente com a mochila. A Decathlon tem bons produtos e as mochilas não fogem a essa regra.
        A gama direcionada para Raids também tem mochilas interessantes e anatómicas. Pecam pela volumetria inferior, mas é uma questão de avaliar o que necessita.
        No meu caso em particular, diria que 30L é o mínimo aceitável para fazer uma travessia de muitos dias sem obrigar a ter a mochila sempre no limite. É que no dia a dia acaba por ser necessário ir colocando coisas na mochila para as quais é necessário espaço: o pão para comer a meio da manhã, a bebida extra que se comprou para beber ao almoço, etc.

        Bom Caminho!

  22. Jorge diz:

    Ora bem, atrasado mas cá estou para fazer uma breve descrição do passei a Santiago.

    Foi um passeio muito agradável, em boa companhia e a desfrutar da paisagem e dos momentos de reflexão que este caminho proporciona.
    Conforme previsto, choveu mas apenas no último dia. O que vale é que segui o conselho do Norberto, e comprei a capa de proteção da Decathlon.

    No que diz respeito à mochila funcionou bem, se bem que no úlimo dia já sentia algum efeito nas costas, sobretudo na zona dos ombros, mas nada que não se aguentasse ou sequer me fizesse prestar mais atenção a isso do que ao desfrute do caminho.
    Optei por não levar a água na mochila, mas sim nos bidões da bicicleta, Creio ter sido uma boa opção.

    Existem uns alforges bem pequenos e de encaixe rápido (que um companheiro de viagem levou) que me agradaram bastante. Não devem influenciar muito na condução da bicicleta e servem perfeitamente para um passeio de 3 ou 4 dias, e evitam sempre o peso às costas.

    Talvez da próxima, opte por essa solução, até porque tive uns problemas com o meu camelbak, e tenho gostado bastante de andar com as costas “ao vento” hehe.

    Aqui fica a minha experiência.

  23. Mauricio diz:

    Boas. Vou fazer o caminho francês e a minha bike é de carbono, como já li não aconcelham alforges nestas bikes, o espigão não é de carbono, será que se optar por levar na mesma um alforge com o minimo e uma pequena mochila ás costas para amenizar o peso do alforge terei problemas?? Abraço!

    • norberto diz:

      Maurício, não é fácil garantir se terá ou não problemas com esse setup. Contudo, se o espigão não é de carbono e se o peso for mesmo baixo (2 – 3 KG), diria que não é mal que vem ao mundo se usar o suporte de espigão.

  24. pires ktm diz:

    Boa noite,
    Vou fazer pela primeira vez o “camiño”. Como vou sozinho e em autonomia, escolhi o portugues.
    Como sou pesado (105 kg) e já fui submetido a duas intervenções cirurgicas à coluna, não me pareceu uma boa opção a mochila porque para além do meu peso teria que suportar mais o peso da mochila
    Como tenho uma bike de suspensão total adquiri um suporte para os alforges o “Thule sports rack” que me parece uma boa opção
    Gostaria de saber a vossa opinião

  25. Acacio Duarte diz:

    gostaria de saber a vossa opinião sobre este produto
    http://montabike.pt/product_info.php?products_id=98
    se ao pedalar bate no alforge .. etc

  26. Jorge Gomes diz:

    Boa noite, comprei a quechua symbium acess, pois preciso de transportar equip de fotografia. Estou a usar uma velha cannondale rush aluminio de st.
    Que sugestões tem para distribuir peso. E uma mochila de 70l diga-se mas pareceu-me bem confortável e com muitos ajustes. Agora é ver no que pode dar. Em agosto faremos a rota vicentina e mais tarde santiago, mas neste último talvez a pe.
    Sugestões e comentários são bem vindos se bem que vou partir amanhã a tarde para viseu. De comboio e depois por estrada/trilhos.
    Obrigado por estevblog.
    JG

    • norberto diz:

      Caro Jorge, também tenho esse exato modelo na minha “coleção” de mochilas, que uso essencialmente em caminhadas de aventuras de autonomia em que é necessário transportar comida, utensílios e tenda (para além do resto habitual) às costas.
      Confesso-lhe que não me parece a melhor escolha para usar numa travessia de bicicleta e mesmo em travessias a pé não a usaria em trajetos normais que não exijam grande autonomia (só a usei uma vez num Caminho de Santiago a pé mas porque tive de carregar parte das coisas de outra pessoa).

      A mochila é muito volumosa e torna-se desconfortável de usar na bicicleta. Além do mais, só a mochila pesa 2.6kg, o que significa que perde capacidade para carga útil se fixar o peso total que pretende carregar. E se a encher, digamos, até metade da capacidade, mesmo apertando as fivelas de compressão não vai ficar com tudo bem compactado, o que pode criar algum desequilíbrio na mochila. E o sistema access (a tampa que se desacopla do topo da mochila) pode até sair do sítio quando se inclinar mais para a frente na bicicleta, se lá colocar muita coisa.

      Acho que vai chegar à conclusão a que eu cheguei há uns anos atrás: não é possível ter uma única mochila que responda a todo o tipo de aventura e se for como eu que faço diferentes aventuras outdoor (caminhadas normais, em autonomia total, Caminhos de Santiago a pé ou em bicicleta, etc), mais vale investir em duas ou três boas mochilas, uma para cada utilização específica.

      Para uma aventura como esta (um Caminho de Santiago em bicicleta), eu sou apologista de uma mochila compacta até cerca de 35 litros (28 a 30 se conseguirem ser muito minimalistas). Mais do que isso vai ser sempre peso a mais por causa do peso da mochila ou das coisas a mais que lá coloca.

      No seu caso, uma vez que está prestes a partir, já não vai a tempo de procurar uma alternativa, mas posso dizer que a mochila que usei este ano foi a melhor coisa que podia ter usado. Muito confortável (bem mais do que a Revo 35 que usei em vários anos anteriores) e super versátil com as várias aberturas e bolsos. Usei uma Deuter Futura Pro 36L.

      Passando a publicidade, a Deuter é um dos nossos apoios deste ano, uma vez que está a ceder vouchers de desconto de 15%, 30% ou 50% para os apoiantes da campanha solidária deste ano (http://www.rumoasantiago.com/apoiar).

      De qualquer forma não está irremediado e certamente que concluirá a sua aventura em beleza. Quando terminar conte-nos a sua experiência com a mochila.

      • Jorge Gomes diz:

        Olá e sim, tem toda a razão…
        Assim que me montei na bicicleta foi um problema com a parte superior.
        Tive mesmo que mudar para a frente o destacavel de cima.
        Em termos de peso total e distribuicao nao xenti muito mas doulhe toda a razão e se puder quando regressar e para trocar por uma mais pequena. Só comprei esta por causa de levar o equipamento de fotografia mas, mesmo assim é impossível de andar de bicicleta com ela .
        Essa que refere onde posso comprar?
        Obrigado pelo seu apoio.
        Jg

  27. Tania Santos diz:

    Olá! Vou fazer Santiago – Fátima em Maio e estou completamente dividida entre as vossas opiniões! Como sou mulher, não sei se será melhor levar alforges ou mochila? Já fiz Porto – Santiago com mochila e achei desconfortável, queria experimentar os alforges mas sinceramente depois de ler os vossos comentários fiquei na dúvida.
    Obrigada

    • norberto diz:

      Olá Tânia,

      Que bicicleta usa? Com suspensão total ou semi-rígida? Se for semi-rígida, aí de facto colocaria algumas reservas à utilização de uma mochila, pelo facto de não poder contar com o amortecedor traseiro para absorver os impactos que se fazem sentir.
      Se usa uma bicicleta de suspensão total, desde que faça uso de uma boa mochila, creio que poderá melhorar a sua experiência.
      A mochila deve garantir um bom apoio na cintura (almofadada quanto baste), para garantir que vai bem segura e que não passa demasiado peso para os ombros.
      Deverá também garantir respirabilidade na zona das costas, para não suar demasiado e assegurar que o suor tem por onde evaporar rapidamente.
      Dou-lhe o exemplo da mochila que usei em 2016: uma Deuter Futura Pro 36L, que para mim é uma mochila fora de série e perfeita para usar numa travessia em bicicleta. Antes dessa usei uma Salomon Revo 35 em todas as minhas travessias em bicicleta em autonomia e também só tenho a dizer bem (este modelo já não se encontra nas lojas).

      Não digo que os alforges não sejam uma opção, mas o peso “morto” do conjunto, aliado ao facto de tirarem agilidade à bicicleta, para mim são grandes desvantagens que nunca tive com a mochila.

      Bom Caminho,
      Norberto Henriques

  28. André diz:

    Boa tarde,
    Tenho uma bicicleta de carbono com espigão em carbono e estaria a ponderar levar um saco de selim que prende ao espigão, visto que não irei levar muito peso, cerca de 4/5Kg.
    O facto de o espigão e bicicleta serem em carbono poderá ser um problema mesmo com pouco peso? Até hoje apenas fiz uma viagem mas em bicicleta de aluminio e com alforges.
    Desde já muito obrigado!

    • norberto diz:

      Olá André.

      Se por saco de selim se refere aos sacos de bikepacking, penso que não será problemático, uma vez que esses sacos não se afastam muito do espigão.

      Já os suportes metálicos de espigão, esses não recomendo, uma vez que o efeito de alavanca é muito pronunciado, sujeitando o quadro a um esforço para o qual não foi desenhado.

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